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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Federação Nacional dos Engenheiros faz campanha para atrair jovens à Engenharia

A fim de atrair estudantes do segundo grau para a carreira de Engenharia, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) enviará para escolas públicas e privadas de todo o País um vídeo de 18 minutos a respeito das vantagens da profissão. A distribuição será feita a partir do início do ano letivo, em fevereiro. A ideia é estimular os estudantes a optarem pelo curso, que tem grande variedade de opções e especializações. "Precisamos fazer com que os jovens enxerguem a engenharia como a profissão do momento e do futuro. O desenvolvimento contínuo do País tem de servir de estímulo para o ingresso na carreira", afirma Murilo Pinheiro, presidente da FNE. Ele não soube precisar a quantidade de escolas que receberão o material, mas afirmou que a distribuição terá alcance nacional. "Ainda estamos fechando os números." Ele alerta para a falta de engenheiros no País, após anos de desvalorização da profissão. "Projetos como o PAC, o pré-sal e o Minha Casa, Minha Vida demandam milhares de profissionais", salienta.Segundo números da FNE, que constam do estudo "Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento", apenas para dar conta do setor petrolífero são necessários cerca de 170 mil profissionais nos próximos anos. Os 2.032 cursos oferecidos no País formam cerca de 40 mil profissionais por ano, número que precisaria ser dobrado para 80 mil em um prazo de seis a dez anos, nas contas de Pinheiro. O maior problema, diz ele, é que a taxa de abandono dos cursos de engenharia é altíssima. Apenas 30% dos 140 mil estudantes que ingressam nas faculdades se formam. A desistência se concentra nos dois primeiros anos. Ele atribui o alto índice de abandono a vários fatores, como a incapacidade de as faculdades reterem os alunos. A forte carga teórica inicial assusta os alunos, que muitas vezes entram despreparados na faculdade. O salário é outra questão. O piso nacional da carreira é de nove salários mínimos (R$ 4.590), mas na prática o valor é bem menor, apesar da demanda crescente por esse tipo de profissional. "Às vezes, nem o governo respeita o piso", afirma.

ANA CONCEIÇÃO - Agencia Estado

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